A ideia ousada, que está sendo considerada pelo Banco Central da Rússia (CBR, na sigla em inglês), foi apresentada por Vladimir Gutenev, deputado da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo).
O deputado sugeriu o início do debate para criar um meio de troca descentralizado nacional, denominado em ouro.
Ao contrário das moedas virtuais comuns, que não são seguras porque não são apoiadas por nada, as criptomoedas lastreadas em ouro têm seu valor atrelado a um ativo real, explica o deputado.
Para Gutenev, a nova moeda combinaria a qualidade de moeda digital com o fato de ser uma moeda estável, ou seja, ter um valor estável.
"A princípio, [o Banco Central russo] opõe-se à introdução de moedas criptografadas no nosso sistema monetário. Não vemos possibilidade de que as moedas criptografadas, de fato, cumpram a função de substitutos monetários", afirmou Nabiullina.
Contudo, a presidente da entidade bancária russa observa que o regulador poderia estudar a possibilidade de criar moedas estáveis, que tenham um ativo real por trás.
Em maio, o Conselho Mundial do Ouro (WGC) comunicou que Moscou liderou entre os maiores compradores mundiais de ouro no primeiro trimestre deste ano.
O relatório do conselho apontou que a Rússia acrescentou 55,3 toneladas aos seus cofres, trazendo suas vastas reservas de ouro para 2.168,3 toneladas.