Caracas tem acusado Washington de tentar orquestrar um golpe de Estado para assumir o controle dos vastos recursos energéticos que o país latino-americano possui.
As importações norte-americanas de petróleo venezuelano estão no nível zero já há 3 semanas consecutivas, segundo dados do relatório semanal da Agência de Informação Energética.
Esta já é a terceira paragem absoluta desde janeiro. Em março, os EUA suspenderam todas as importações de petróleo venezuelano por um período de 3 semanas. No mês de maio, as importações estiveram no nível zero por 2 semanas.
Washington introduziu sanções contra a empresa petrolífera estatal da Venezuela PDVSA no fim de janeiro deste ano, se apoderando de ativos da empresa no estrangeiro no valor de cerca US$ 7 biliões, incluindo uma rede de postos de gás da empresa filial Citgo.
O Departamento do Tesouro dos EUA proibiu as empresas norte-americanas de fazerem negócios com a estatal venezuelana sob pena de sanções adicionais.
Washington criou também um fundo de reserva para financiar a oposição com o dinheiro apreendido da empresa estatal PDVSA.
Recentemente, o presidente venezuelano acusou a oposição de ter roubado as receitas provenientes do petróleo que pertencem ao povo venezuelano.
As sanções e, na prática, o embargo tiveram forte impacto nas exportações de petróleo venezuelano, e levaram Caracas a procurar mercados alternativos e a assinar acordos de cooperação com outros países.
Na semana passada, o ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, disse que a empresa estatal PDVSA irá abrir um escritório em Moscou no fim deste mês.
A Venezuela possui uma das maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, com cerca de 90% das receitas do país a serem provenientes da venda deste combustível.