Trata-se da companhia chinesa Exception PCB, com sede no condado britânico de Gloucestershire, que fabrica placas de circuitos que controlam os motores, iluminação, combustível e sistemas de navegação dos caças F-35 – o sistema de armas mais caro já feito.
De acordo com a emissora britânica Sky, citando materiais divulgados pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, a empresa que fabrica componentes para os caças da Lockheed Martin foi comprada em 2013 pela companhia chinesa Shenzhen Fastprint, que inclusive já participou da fabricação de caças Eurofighter Typhoon e de helicópteros de ataque Apache.
"A Exception PCB, com sede em Gloucestershire, fabrica placas de circuito impresso que controlam muitas das principais capacidades do F-35", diz o documento, especificando que a fabricante faz parte da cadeia de fornecimento do F-35.
De acordo com o diretor da empresa, Mike Devine, a Exception PCB fabrica "placas de circuito sem revestimentos apenas no Reino Unido para todas as nossas empresas aeroespaciais e de defesa" e tem uma parceria com a GE Aviation há décadas, além de assegurar que nenhum cidadão chinês possa acessar dados do F-35.
"Todos os dados estão protegidos em um servidor interno separado e o acesso aos dados está protegido por palavras-passe, acessíveis apenas a algumas pessoas selecionadas que foram fiscalizadas pela GE", disse ele à emissora.
"A Exception PCB produz placas de circuito desencapadas e, como resultado, não há riscos associados ao seu produto na cadeia de fornecimento de aeronaves F-35", garantiu o porta-voz do ministério britânico, conforme citado pela Sky.
Contudo, a Lockheed Martin sinalizou que os riscos ainda estão presentes, embora "todos os componentes do F-35 sejam inspecionados repetidamente em cada estágio de fabricação".
Previamente, a Administração Trump introduziu uma proibição do uso de tecnologia da empresa chinesa, impedindo que as empresas americanas, incluindo a Google, negociem com a empresa sem a aprovação do governo.
Além disso, a Casa Branca está tentando fazer com que seus aliados europeus, incluindo o Reino Unido, impeçam a Huawei de construir a infraestrutura 5G, ameaçando restringir a cooperação de inteligência com qualquer país que permita que o equipamento Huawei seja usado em suas próprias redes.