O governo japonês considerou as alegações dos EUA sobre o envolvimento do Irã no ataque a navios-tanques no Golfo de Omã "pouco convincente" e pediu a Washington que forneça evidências adicionais para corroborar as alegações, informou a agência de notícias Kyodo.
"O governo não compartilha a visão dos EUA sobre o envolvimento do Irã em atacar petroleiros perto do Estreito de Hormuz e, como se viu, apelou para o lado americano por evidências adicionais. A opinião é que as declarações dos EUA não são suficientemente convincentes", citou o veículo.
As declarações relatadas seguem a divulgação de um vídeo pelo Comando Central dos EUA, supostamente mostrando marinheiros iranianos removendo uma bomba não detonada do casco de um dos petroleiros.
Just in: Pentagon video of what it says is an Iranian boat removing an unexploded mine from one of the attacked oil tankers in the Gulf of Oman. pic.twitter.com/XSxIPcyV6Q
— Philip Crowther (@PhilipinDC) June 14, 2019
Comentando as imagens, Yutaka Katada, presidente da empresa japonesa que opera o petroleiro Kokuka Courageous, rejeitou as alegações dos EUA, dizendo que a tripulação do navio avistou algo voando no céu antes da explosão.
"Eu não acho que houvesse uma bomba-relógio ou um objeto preso ao lado do navio. Uma mina não danifica um navio acima do nível do mar. Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas era algo voando em direção ao navio", disse Katada.
"O Irã fez isso e vocês sabem que eles fizeram isso porque vocês viram o barco (...). Eu acho que uma das minas não explodiu e provavelmente teria essencialmente o Irã escrito por toda parte", disse Trump à Fox News na sexta-feira.
A versão americana dos eventos foi fortemente apoiada pelo Reino Unido, com o secretário de Relações Exteriores, Jeremy Hunt, acusando o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã de planejarem os ataques.