Príncipe saudita acusa o Irã por ataques a petroleiros no Golfo de Omã

© AP Photo / Saudi Press AgencyO príncipe e primeiro-ministro Mohammed bin Salman, em Riad, na Arábia Saudita, em 24 de outubro de 2018
O príncipe e primeiro-ministro Mohammed bin Salman, em Riad, na Arábia Saudita, em 24 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
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O príncipe saudita Mohammed bin Salman acusou o Irã de atacar 2 petroleiros no Golfo de Omã, segundo trechos de uma entrevista publicada neste sábado (15).

Salman pediu à comunidade internacional que tome uma "posição decisiva" contra o que ele acredita se tratar de uma agressão iraniana. A entrevista foi dada ao jornal Asharq Al-Awsat.

"O regime iraniano não respeitou a visita do primeiro-ministro japonês a Teerã e, enquanto ele estava lá, respondeu a seus esforços atacando dois petroleiros, um dos quais era japonês", disse Bin Salman, citado pelo jornal.

"Não queremos uma guerra na região [...] mas não hesitaremos em lidar com qualquer ameaça ao nosso povo, nossa soberania, nossa integridade territorial e nossos interesses vitais", acrescentou.

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No dia 13 de junho, dois petroleiros, o Kokuka Courageous, registrado pelo Panamá, operado pela japonesa Kokuka Sangyo Co, e o Front Altair, com bandeira das Ilhas Marshall, pertencente à Frontline da Noruega, foram atingidos por explosões no Golfo de Omã, perto do Estreito de Ormuz.

Logo após as explosões, o Ministério do Comércio do Japão disse em um comunicado que ambos os navios estavam carregando “carga relacionada ao Japão”.

Os Estados Unidos alegaram que o Irã havia atacado os navios, mas ainda não forneceu nenhuma evidência substancial que sustente essa alegação.

Os militares dos EUA posteriormente divulgaram um vídeo mostrando as supostas forças iranianas removendo uma mina de um dos petroleiros uma mina que não explodiu. O vídeo, no entanto, não mostrou os nomes dos barcos ou bandeiras que pudessem ajudar a comprovar as alegações. O Irã negou todas as acusações de ter papel no incidente.

O príncipe saudita também observou na entrevista que as relações estratégicas de seu país com os Estados Unidos não seriam afetadas por "campanhas de mídia ou algumas posições publicadas por entidades dos EUA", referindo-se à atenção da mídia ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.

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