De acordo com a reportagem publicada nesta terça-feira, gravações obtidas pelo jornal são protagonizadas espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps. Nos áudios, ele declarou que "empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas" compraram o seu software para enviar mensagens pró-Bolsonaro durante as eleições de 2018.
O espanhol informou o jornal de que não sabia do uso político dos serviços da sua empresa. Isso só foi descoberto quando o Whatsapp entrou em contato e cortou as linhas da companhia. A publicação também destacou "não haver indicações" de que Bolsonaro e sua equipe soubessem dos disparos de mensagens a seu favor.
Conforme diz a lei eleitoral brasileira, é proibida a doação empresarial para campanhas política, assim como doações não declaradas de pessoas físicas. Somente as campanhas oficiais podem contratar o impulsionamento de mensagens eleitorais em redes sociais.
O uso de ferramentas de automatização também é proibido em campanhas eleitorais no Brasil.
Novoa negou trabalhar para campanhas políticas brasileiras. Contudo, de acordo com a Folha, o empresário também já prestou serviços a um partido de direita da Espanha, o Vox.
Também ao jornal, Bolsonaro declarou que "teve milhões de mensagens a favor da minha campanha, e talvez alguns milhões contra também" e se disse favorável à "total liberdade de imprensa, manifestação de pensamento".