Isso porque as consequências do aquecimento envolvem a elevação dos mares, fortes tempestades, fome e escassez de água doce, o que pode tornar as regiões politicamente instáveis, além de provocar migrações massivas e crises de refugiados.
A contribuição significativa dos militares norte-americanos para a mudança climática até o momento é mínima. Embora o Departamento de Defesa dos EUA tenha reduzido o consumo de combustíveis fósseis, o país permanece sendo o maior consumidor de petróleo do mundo, consequentemente, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa.
A Defesa norte-americana é a maior consumidora de combustíveis fósseis do país, representando aproximadamente 80% de todo o consumo de energia do governo federal, conforme o portal Desmog.
Um novo estudo realizado pelo Projeto Custos da Guerra, da Universidade Brown, aponta uma grande elevação da emissão de gases de efeito estufa dos militares norte-americanos em toneladas de dióxido de carbono.
Os EUA ocupam a segunda colocação entre os países que mais colaboram para a emissão de gases de efeito estufa do mundo, ficando atrás apenas da China. Sendo que o Pentágono é responsável por emitir mais de 59 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, ou seja, emitiu mais gases de efeito estufa do que Portugal, Suécia ou Dinamarca.
O grande problema pode ser que, calcular as emissões de gases de efeito estufa da Defesa norte-americana não seja uma tarefa fácil, já que o Pentágono não reporta consistentemente o consumo de combustíveis fósseis ao Congresso em suas solicitações de orçamento anual.
Segundo informações preliminares, a Defesa norte-americana, incluindo veículos e equipamentos entre 2001 e 2017, emitiu aproximadamente 1,2 bilhão de toneladas métricas de gases de efeito estufa.