Perante esse cenário surgem dúvidas sobre o real motivo de um projeto tão caro e com falhas graves seguir adiante para a produção em série, conforme o portal Wbur.
De acordo com a Bloomberg, a Lockheed Martin, empresa responsável pela produção dos F-35, falhou no fornecimento de peças de reposição, como pneus, rodas, assentos e outros acessórios. Além disso, o pagamento por essas peças teria sido excedido em alguns milhões de dólares, afirmou a inspeção-geral do Departamento de Defesa.
"Determinamos que o Departamento de Defesa não recebeu peças de reposição dos F-35 em concordância com requisitos dos contratos e pegamos taxas de incentivo para mantimento dos contratos baseados em horas inflacionadas e não verificadas dos aviões da Força Aérea e da Marinha prontos para voar", afirmou a fiscalização interna do Pentágono, em relatório emitido.
Essas falhas teriam ocorrido devido à falta de supervisão adequada de desempenho por parte dos responsáveis do Pentágono sobre o programa F-35.
Além disso, as aeronaves já demonstraram o alto valor de manutenção, sendo cada vez mais caro sustentá-las, com isso, a pressão sobre o sistema de logística das aeronaves será elevada.
O que pode piorar ainda mais a situação seria a distribuição das peças de manutenção, já que elas podem ter seus custos cada vez mais elevados.
O custo de operação de longo prazo e suporte à frota dos caças por mais de seis décadas foi elevado para US$ 1,196 trilhão (R$ 4,6 trilhões), segundo avaliação de custos do Pentágono.