Relatório do Pentágono expõe doutrina nuclear norte-americana

© Depositphotos.com / CurraheeshutterExplosão nuclear (imagem de arquivo)
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O Departamento de Defesa tornou público nas redes sua nova doutrina de operações nucleares dos EUA, mas, pouco tempo depois, o documento foi deletado do site.

Os EUA consideram ser possível vencer uma guerra utilizando armamentos nucleares, é o que revela um documento publicado pelo Estado-Maior Conjunto dos EUA.

A doutrina, intitulada "Operações Nucleares" ou JP 3-72, tem como objetivo proporcionar "princípios fundamentais e orientação para planejar, executar e avaliar as operações nucleares".

"A utilização de armas nucleares poderia criar condições para resultados decisivos e o restabelecimento da estabilidade estratégica", indica o texto, ressaltando que a utilização do armamento "mudará o alcance de uma batalha e criará condições que afetarão a maneira em que os comandantes prevalecerão em um conflito".

Um porta-voz das forças norte-americana afirmou ao The Guardian que a doutrina foi ocultada da página do Pentágono "porque foi determinado que a publicação, como é o caso de outras publicações do Estado-Maior Conjunto, deve ser apenas para uso oficial", sem esclarecer se a divulgação foi um erro ou uma mensagem a outros países.

© AP Photo / Kenneth MollLançamento de míssil Tomahawk (foto de arquivo)
Relatório do Pentágono expõe doutrina nuclear norte-americana - Sputnik Brasil
Lançamento de míssil Tomahawk (foto de arquivo)

O documento foi obtido a tempo e compartilhado por Steven Aftergood, diretor do Projeto sobre o Segredo Governamental da Federação dos Cientistas norte-americanos, que considera "inquietante" que a função do texto seja planejar os piores cenários nucleares sem formular políticas a respeito, indicando o documento como "uma doutrina de guerra".

Vale destacar que os EUA abandonaram o histórico acordo nuclear de 2015 com o Irã, deixaram o Tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário com a Rússia e não estão muito interessados em negociar a renovação do Tratado de Redução de Armas Estratégicas III, demonstrando que a administração do presidente norte-americano, Donald Trump parece pensar da mesma forma como exposta no relatório do Pentágono.

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