A publicação salienta que a principal razão é devido ao seu potencial uso como meio de luta na guerra econômica, além, é claro, de uma série de vantagens estratégicas.
Em primeiro lugar está o lucro da venda desses sistemas, pois entre os compradores atuais e potenciais estão a China, Índia, Turquia, Arábia Saudita e Qatar. Isto contribui para a diversificação da economia e cria uma base para a modernização do armamento russo.
O segundo fator reside no fato de os S-400 gerarem prestígio e status mundial da Rússia como país desenvolvedor de sistemas avançados de armas.
Já o terceiro motivo é que esses sistemas proporcionam a criação e desenvolvimento de relações com os países compradores, pois, além da aquisição dos complexos, é necessário treinar militares para realizar a manutenção técnica.
Guerra híbrida?
A edição explica que existe a possibilidade de utilizar os sistemas de defesa antiaérea russos na "guerra híbrida", citando o exemplo da venda em curso dos S-400 à Turquia, que é membro da OTAN, e que conduziu a uma enorme divisão na aliança.
De acordo com a National Interest, caso o acordo se conclua, a Rússia obterá uma vitória significativa ao colocar os seus sistemas com radares poderosos em território da OTAN.
A publicação ainda sublinha que não é em vão que Washington ameaça Ancara com sanções e com a exclusão do programa F-35 devido à aquisição de armamentos russos.
As autoridades turcas sublinharam anteriormente que não abdicariam da compra dos S-400, sendo que o primeiro lote está previsto chegar ao país já no início de julho. Os EUA afirmam que os S-400 são incompatíveis com os padrões da OTAN, e têm repetidamente advertido que podem atrasar ou cancelar o processo de venda para a Turquia dos mais recentes caças F-35.
Em conexão a isso, o Pentágono anunciou que não aceitará pilotos turcos para pilotar os F-35, e que aqueles que já estão em formação nos EUA terão de deixar o país até 31 de julho.