"O objetivo do Irã ao abater o drone era avisar as forças terroristas estadunidenses, pois ele também poderia atingir um avião militar americano P-8 que estava voando ao lado do drone MQ-4C, mas não o fez", declarou o brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, comandante da Força Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), citado pela agência.
#Iran’s purpose by shooting down the drone was to warn the "#US terrorist forces" as it could also target an #American P-8 military aircraft that was flying next to MQ-4C drone, but it didn’t: Brigadier General Hajizadeh pic.twitter.com/V6xT8YwB31
— Tasnim News Agency (@Tasnimnews_EN) 21 de junho de 2019
Segundo o brigadeiro-general, a aeronave que acompanhava o drone era um avião Boeing P-8 Poseidon com 35 militares da Força Aérea a bordo.
"Esse avião também violou nossas fronteiras. Poderíamos o ter derrubado, mas não fizemos isso porque, tendo abatido o drone, enviamos um aviso às forças terroristas americanas", disse ele.
Avisos ignorados
Hajizadeh disse também aos jornalistas que o Irã fez dois avisos aos militares estadunidenses antes de derrubar o drone.
"Infelizmente, eles não responderam [...] e a aeronave não mudou sua trajetória de voo [...] fomos forçados a derrubá-la", disse ele.
Em 20 de junho, o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC) afirmou ter derrubado um drone Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk dos EUA que teria invadido seu espaço aéreo na província de Hormozgan, perto do estreito de Ormuz.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, por sua vez, insiste que o veículo aéreo não-tripulado não estava em território iraniano, mas em águas internacionais, quando foi derrubado.