A informação foi dada pelo especialista em relações internacionais, Sebastián Hagobian, que fez parte das equipes de negociadores do Uruguai.
"É praticamente certo que o acordo seja conseguido nesta semana; pela primeira vez em tanto tempo, com tantas idas e vindas, este é um momento culminante; é um marco para o Mercosul e a UE", disse Hagobian à Sputnik Mundo, destacando que este é um acordo muito importante para os países do Mercosul.
Nesta terça-feira (25), uma delegação formada por representantes de alto nível uruguaios viajou a Bruxelas, onde se reunirá com delegações dos outros países do Mercosul e da UE.
"Do lado europeu, a França, a Polônia e a Espanha foram os que criaram mais dificuldades em relação ao setor agrícola, já que os produtos do Mercosul são de excelente qualidade e sem dúvidas que farão grande concorrência aos europeus", afirmou o especialista, citando que o setor agrícola é o assunto mais complexo para fechar o acordo político e comercial.
O acordo abriria aos países do Mercosul um mercado de 500 milhões de habitantes, enquanto que os europeus poderiam enviar seus produtos sem quaisquer restrições a uma região onde vivem outros 300 milhões de habitantes.
Há alguns dias, a comissária de Comércio da UE adiantou que o acordo poderia ser firmado antes da expiração do mandato da atual Comissão Europeia, que ocorrerá em 31 de outubro.
O bloco sul-americano e a UE iniciaram as negociações para firmar um acordo comercial em 1999, contudo, o diálogo foi interrompido entre 2004 e 2010, sendo retomado apenas em 2016.