"Em muitos fóruns realizados na América Latina, foi dito que novos tempos estão chegando, um novo século está chegando. E este novo século XXI será o século dos povos. Apesar disso, há um aumento na agressividade do governo dos EUA", ressaltou.
"Diariamente, na América Latina são experimentadas práticas de chantagem através das políticas financeiras internacionais, para impor modelos de economia de livre mercado, que acabam roubando recursos naturais das nações."
Brasil e Argentina 'condenados à pobreza'
Como exemplo, Quintana mencionou os casos da Argentina e do Brasil, "com suas sociedades condenadas ao aumento da pobreza, à perda de soberania sobre seus recursos naturais e à maior interferência no projeto de modelos econômicos".
"Não queremos isso para a Bolívia ou para a América Latina", afirmou, adicionando que "queremos um continente unido, um continente pacífico, um continente soberano".
Segundo o ministro, soberania, pacificidade e união darão voz ao continente no mundo. "Na medida em que os Estados Unidos dominam a América Latina, a América Latina deixa de ser um locutor válido no mundo; portanto, deixa de existir, deixa de ter uma voz própria e soberana na comunidade internacional."
"Não queremos ser tutelados por nenhuma potência estrangeira, muito menos pela potência norte-americana que se acostumou a governar pela força, pela imposição, pela chantagem, por golpes de Estado e por golpes brandos", de acordo com Juan Ramón Quintana.
EUA fraquejam na América Latina
Quintana esclareceu que a estratégia dos EUA na América Latina já tem sérias dificuldades para se sustentar, portanto, "o que corresponde aos nossos países é uma maior consciência política de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento da região", concluiu.
O ministro acrescentou que a Bolívia condena "o unilateralismo que os Estados Unidos pretendem construir, que é uma política de subjugação das soberanias estatais e, portanto, de construção de um regime antidemocrático".