De acordo com os diplomatas, oficiais franceses deram os comentários durante uma reunião a portas fechadas com o secretário interino de Defesa dos EUA, Mark Esper, nesta quinta-feira (27). Representantes alemães se uniram aos franceses para pedir que o acordo nuclear iraniano de 2015 seja mantido, e não "comprometido".
Esper disse aos aliados da OTAN que os EUA não procuravam um conflito com Teerã, mas "não tolerariam" mais incidentes após o abate de um drone de 130 milhões de dólares por um míssil iraniano, ocorrido na semana passada.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, confirmou que os EUA "transmitiram claramente" aos seus aliados que não queriam ver uma guerra com o Irã, como foi escrito pela Reuters.
Os ministros da Defesa da Aliança estão realizando o segundo dia de reuniões no quartel-general da OTAN em Bruxelas, debatendo uma série de questões, incluindo o Irã, o abandono do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio, a compra turca de sistemas russos avançados de defesa antiaérea e outros assuntos.
Aumento de tensões
As tensões de longa data entre Teerã e Washington aumentaram acentuadamente em 20 de junho, depois de militares iranianos terem abatido um drone RQ-4 Global Hawk dos EUA que, segundo o Irã, estava operando no seu espaço aéreo.
Já os EUA disseram que o drone estava sobrevoando águas internacionais no estreito de Ormuz, considerando a derrubada uma provocação. Após incidente, o presidente Donald Trump escreveu ter decidido não atacar o Irã a 10 minutos do ataque, pela possibilidade de matar 150 iranianos, o que, segundo ele, não seria "proporcional".