Segundo a edição, as políticas de taxas de juro baixas, bem como as crises globais, levam ao aumento dos preços do ouro.
Nos últimos anos, o Banco Central da Rússia tem acumulado ativamente suas reservas de ouro para reduzir a cota-parte do dólar nas reservas internacionais do país. Segundo o Conselho Mundial do Ouro (WGC, na sigla em inglês), desde 2015 o Banco Central russo tem comprado mais de 200 toneladas de ouro anualmente.
O jornal sublinha que, graças ao aumento dos preços do ouro, o valor das reservas de 2.000 toneladas de ouro russas aumentou em um bilhão de dólares.
Esta semana o preço do ouro alcançou 1.430 dólares por onça – o maior preço em seis anos. Desde o início de junho o preço do metal precioso aumentou 11%. De acordo com Handelsblatt, esse aumento foi provocado pelas declarações do Banco Central Europeu e do Fed (banco central dos EUA) sobre seus planos de adotar uma política monetária mais flexível.
Enfraquecimento do dólar
Essa tendência é acompanhada pelo enfraquecimento do dólar estadunidense, que desvalorizou em relação a uma série de outras divisas em meio à expetativa de descida da taxa de juro.
Ambos os fenômenos estão interligados: como o preço do ouro é denominado em dólares, quando a moeda dos EUA cai, o ouro se torna mais barato para quem o compra em outras moedas e, por conseguinte, a demanda pode aumentar.
Especialistas sublinham que o preço do ouro vai continuar em alta no futuro próximo. Além do aumento da demanda por parte dos atores internacionais, em meio à instabilidade e imprevisibilidade da situação financeira e geopolítica, mais um fator que contribuirá para o aumento do preço do metal preciso é o início da queda na sua produção nos próximos anos, atingindo em 2022 o nível do início do século passado.