A declaração foi feita por Sérgio Pinheiro Freitas, funcionário da Walm Engenharia Tecnologia Ambiental, que prestou serviços para a mineradora. Ele foi ouvido nesta quinta-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Justiça de MG volta a determinar a prisão de envolvidos na tragédia de Brumadinho https://t.co/kOIFxTVkXf pic.twitter.com/HoOAXFGEUi
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A Walm Engenharia elaborou o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM). Entre outras informações, o documento mostra qual seria a mancha de inundação no caso de um rompimento e qual seria a velocidade de deslocamento dos rejeitos.
Apesar do plano não avaliar o risco de rompimento e nem estabilidade da barragem, prevê o que ocorreria após uma ruptura. O plano também aponta rotas de fuga e diretrizes de atuação para mitigação de danos. No caso da estrutura de Brumadinho, a Vale sabia, a partir desse documento, que o refeitório e outras instalações usadas por trabalhadores estavam em um local que seria rapidamente atingido em uma eventual tragédia.
Mais de 200 pessoas morreram na tragédia de Brumadinho, que completou cinco meses nesta semana. A ruptura ocorreu em horário de almoço, às 12h28 do dia 25 de janeiro. Corpos foram encontrados soterrados no local onde funcionava o refeitório. As sirenes não funcionaram e sequer houve alerta sonoro para que as pessoas pudessem tentar se salvar.
Parte de talude de mina da Vale se solta em Barão dos Cocais, em Minas Gerais https://t.co/viU5hwW5xU
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De acordo com Sérgio Pinheiro Freitas, a partir dos cálculos apresentados no PAEBM, a mineradora se torna responsável por realizar os simulados e por avaliar se o tempo estimado é plausível para efetuar a evacuação. Também cabe a ela adotar as providências que fossem consideradas importantes.
"Um minuto é um tempo extremamente curto. Mas eu não tenho informação do resultado dos simulados para saber se esse tempo seria suficiente ou não", disse o funcionário da Walm Engenharia, citado pela Agência Brasil.