"No ano passado, aumentamos a cota-parte de ativos chineses nas nossas reservas. Aproximadamente 15% [do total] de investimentos de nossas reservas de ouro e moeda estrangeira são denominados em yuan", disse o ministro em entrevista ao canal de televisão russo RT.
"Isso não acontecia antes", acrescentou Siluanov.
Estratégia de desdolarização
Desde 2017 que se observa uma redução dos ativos denominados em dólares e um aumento da cota-parte do ouro e de outras moedas estrangeiras nas reservas da Rússia.
Nos últimos dois anos, a Rússia reduziu seus títulos, divisas e outras ações denominadas em dólares de mais de 92 bilhões de dólares para apenas 12,14 bilhões de dólares em abril de 2019.
Ao mesmo tempo, no início deste mês, o Banco Central russo anunciou que as reservas cambiais e de ouro do país atingiram aproximadamente o equivalente a 502,7 bilhões de dólares em 7 de junho, crescendo cerca de 1,5% desde o início do mês.
Junto com o yuan, a Rússia impulsionou a compra de uma série de outras moedas, incluindo o iene japonês, o euro, a libra esterlina, os dólares canadense e australiano e o franco suíço.
A governadora do Banco Central, Elvira Nabiullina, explicou anteriormente que a diversificação dos ativos da Rússia estava ocorrendo em uma tentativa de reduzir os riscos econômicos e políticos que o país enfrenta, incluindo as sanções dos EUA (mas não se limitando a elas).