Além dos mortos, 181 pessoas ficaram feridas, informou a mídia local, citando o Ministério da Saúde do país.
Neste domingo, a emissora Al-Arabiya informou que franco-atiradores desconhecidos abriram fogo contra civis e membros das forças de segurança do país, durante as manifestações que exigem a transição do poder para um governo civil. Mais tarde no mesmo dia, o Comitê Central de Médicos do Sudão informou a morte de cinco pessoas na capital do país, Cartum.
A agência de notícias SUNA informou que 27 pessoas dos 181 feridos sofreram ferimentos por arma de fogo.
O Conselho Militar de Transição do Sudão responsabilizou a oposição por todas as potenciais consequências dos protestos deste domingo. Um correspondente da Sputnik informou que a polícia sudanesa usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Meses de protestos contra o governo no Sudão culminaram em um golpe militar, realizado no dia 11 de abril. O então presidente Omar Bashir, que esteve no poder por 30 anos, foi destituído e depois preso. O Conselho Militar de Transição chegou ao poder e prometeu realizar uma nova eleição dentro de dois anos. No entanto, os protestos continuaram, com os manifestantes exigindo que os militares entregassem o poder a um governo civil.
A situação na capital do Sudão e em todo o país deteriorou-se drasticamente no dia 3 de junho, quando os militares sudaneses dispersaram parte do acampamento de protesto em Cartum, matando mais de 100 civis. A oposição respondeu com uma greve e ações de desobediência civil e exige a transferência de poder para um governo civil o mais rápido possível.