As ameaças dos EUA teriam o efeito oposto sobre a nação iraniana, declarou o chefe do Parlamento do Irã durante uma transmissão ao vivo na televisão estatal nesta terça-feira.
"O senhor Trump deveria entender que quando alguém usa linguagem intimidadora contra uma nação civilizada, eles se tornam mais unidos", ponderou.
Embora Trump tenha abandonado unilateralmente o acordo nuclear de 2015, ele advertiu o Irã na segunda-feira que sua decisão de exceder os termos do acordo era "brincar com fogo". Ele também reiterou que não perdoou o Irã pela derrubada de um drone de vigilância dos EUA no mês passado. Embora ele não tivesse passado por um contra-ataque na época, Trump afirmou que sua clemência lhe dava licença para "fazer muito pior, se algo acontecesse" no futuro.
Teerã havia dito repetidas vezes que suspenderia parcialmente seus compromissos se a União Europeia (UE) não tomasse "medidas práticas e tangíveis" para ajudar a facilitar o comércio e proteger a economia iraniana das sanções dos Estados Unidos.
O vice-presidente do Parlamento iraniano, Mahmoud Pezeshkian, expressou dúvidas de que seria possível negociar com os EUA novamente após a retirada do acordo e gestos provocativos no golfo Pérsico.