Em comunicado de imprensa, publicado pelo site Phys.org, está escrito que uma equipe internacional, liderada por cientistas do Instituto Max Planck de Ciência da História Humana e da Expedição Leon Levy, recuperou e analisou DNA de pessoas que viveram durante as Idades do Bronze e do Ferro (há cerca de 3.600 a 2.800 anos) na antiga cidade portuária de Ascalão, uma das principais cidades filisteias durante a Idade do Ferro.
As primeiras colônias em Ascalão, que está localizada na costa do mar Mediterrâneo no sudoeste de Israel, foram fundadas há oito mil anos, e a grande cidade surgiu há cerca de quatro mil anos. Vale destacar que os habitantes de Ascalão eram intimamente ligados ao patrimônio genético levantino, ou seja, aos povos do Levante.
Traços genéticos
No entanto, mais tarde, no início da Idade do Ferro, surgiram traços genéticos de origem europeia. Segundo cientistas, trata-se de uma evidência histórica e arqueológica da chegada dos antepassados dos filisteus a Israel. Há pouca informação sobre a origem dos filisteus, exceto que seus antepassados provavelmente vieram de Creta.
Anteriormente, pesquisadores também encontraram evidências de uma mudança no modo de vida dos habitantes de Ascalão no século XII a.C., que passou a ser associada com à chegada dos filisteus. Outros, no entanto, acreditavam que a mudança poderia ser explicada com intensificação do comércio, ao invés da imigração de outros povos.
"Estes dados começam a preencher uma lacuna temporal no mapa genético do sul de Levante", explica Johannes Krause, autor sênior do estudo. "Ao mesmo tempo, pela análise comparativa ampliada da transição genético temporal de Ascalão, descobrimos que as características culturais únicas no início da Idade do Ferro são espelhadas por uma composição genética distinta das pessoas do início da Idade do Ferro", concluiu cientista.