"Infelizmente, o que aconteceu no jogo de ontem [...] coloca em questão que os princípios de ética, lealdade e transparência que você invoca recorrentemente foram observados", declarou o presidente da AFA, Claudio Tapia, na carta endereçada a Alejandro Domínguez, chefe do corpo diretivo do futebol sul-americano.
A denúncia argentina foi dirigida em primeira instância à arbitragem de desempenho do equatoriano Roddy Zambrano e "por não usar o VAR (sistema de arbitragem de vídeo) em dois momentos específicos que teriam, sem dúvida, revertido o resultado final".
A nota de seis páginas também indicava que tudo era "agravado" pela presença no estádio do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, devido à realização de manifestações políticas no campo de jogo, em um fato que contraria "os princípios de FIFA e Conmebol de não-interferência".
- Intervalo de jogo. BRASIL 1 X 0 ARGENTINA. 🇧🇷🇧🇷🇧🇷 pic.twitter.com/BeFoYj7v8d
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 3 de julho de 2019
Finalmente, a AFA solicitou que as "reflexões" fossem consideradas por Domínguez e pelo Conselho da Conmebol e acompanhavam a reivindicação com considerações técnicas da Diretoria de Arbitragem da Argentina, que "credenciam os erros brutos e graves".
A seleção argentina, que tem Lionel Messi como capitão, jogará no sábado pelo terceiro lugar contra o Chile, que foi goleado pelo Peru na outra semifinal do torneio, cuja final acontece no domingo, no Maracanã.