EUA revelam novo plano anti-Rússia para combater 'influência maligna' do Kremlin

© Sputnik / Aleksei Druzhinin/Anton Denisov/Serviço de imprensa do presidente russo  / Acessar o banco de imagensEstrela de rubi de uma das torres da fortaleza do Kremlin. Ao fundo, Grande palácio do Kremlin (foto de arquivo)
Estrela de rubi de uma das torres da fortaleza do Kremlin. Ao fundo, Grande palácio do Kremlin (foto de arquivo)  - Sputnik Brasil
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A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) publicou uma estratégia sob o nome de "Combate à influência maligna do Kremlin" (CMKI), delineando quatro prioridades.

"O CMKI da USAID responde ao desafio da influência maligna do Kremlin construindo a resiliência econômica e democrática dos países visados e trabalhando para mitigar as tentativas do Kremlin de minar uma série de instituições fundamentais", diz o documento publicado no site da agência americana.

Quatro objetivos estratégicos

O plano centra-se em quatro objetivos: defender o funcionamento das instituições democráticas e do Estado de direito, resistir à manipulação da informação, reduzir a vulnerabilidade energética e diminuir as vulnerabilidades econômicas.

A primeira das metas dos autores aponta para a "resistência às tentativas de minar as instituições democráticas e o Estado de direito".

Eles planejam conseguir isso através do "fortalecimento do sistema de contenção e contrapesos e da primazia do direito", do "fortalecimento da resiliência da sociedade civil perante as tentativas de restringir, esgotar ou desacreditar atividades não governamentais independentes" e da "redução da vulnerabilidade do processo eleitoral e político à influência externa e à polarização".

"Estes esforços incluirão a criação de ferramentas para os líderes reformistas e as vozes da sociedade civil combaterem as práticas governamentais corruptas que os agentes do Kremlin frequentemente exploram seletivamente para benefício estratégico de Moscou", escreve o relatório.

Os autores da iniciativa citam como exemplo o fato que a USAID "forneceu à Comissão Eleitoral Central da Ucrânia equipamentos de cibersegurança e ajudou a treinar profissionais especializados por cerca de US$ 2,7 milhões (R$ 10 milhões)".

"Ao financiar comunidades locais e regionais da sociedade civil e organizações não governamentais, a USAID ajuda a garantir que os cidadãos possam responsabilizar seus governos", observa o documento.

O segundo objetivo do conceito é "resistir à manipulação da informação", através da intensificação da "capacidade da mídia local de fornecer notícias e informações profissionais e confiáveis", do aumento da “alfabetização midiática e da necessidade do público de obter informação independente e de alta qualidade" e do fortalecimento das “leis e regulamentos para garantir a liberdade de imprensa".

© Sputnik / Vladimir Astapkovich / Acessar o banco de imagensCapitólio de Washington
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"Com financiamento da USAID, onze parceiros estratégicos de mídia em toda a Bôsnia, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte e Sérvia estão aumentando seus públicos, diversificando as receitas e elevando sua presença na mídia digital", informam os autores do artigo.

Reduzir vulnerabilidade energética e econômica

Quanto ao terceiro propósito, que é "reduzir a vulnerabilidade energética", a USAID considera necessário "reforçar a segurança energética dos países parceiros", "reduzir a dependência das fontes de energia controladas pelo Kremlin" e "melhorar o controle interno e externo e a gestão do sector energético".

Já o quarto objetivo é "reduzir a vulnerabilidade na esfera econômica", promovendo "a diversificação das exportações e permitindo que as empresas concorram nos mercados ocidentais" e fortalecendo "a capacidade do mercado financeiro de atender e interagir com os padrões e práticas internacionais".

Em março, o chefe da USAID, Mark Green, anunciou que os EUA proporiam um mecanismo para combater a influência da Rússia na Europa, Eurásia e Ásia Central.

A Rússia negou repetidamente as acusações de tentar influenciar os processos democráticos em vários países. O porta-voz do presidente, Dmitry Peskov, classificou as acusações de "absolutamente infundadas", enquanto o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que não há evidências que confirmem tais ações.

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