As aeronaves norte-americanas T-33 foram retiradas de serviço em 2018 e, desde então, o líder boliviano demonstrou interesse pelas aeronaves russas, indica o portal Military Watch.
"Há um grande interesse na compra de equipamentos militares russos, incluindo aeronaves [...]", afirmou Evo Morales, ressaltando que uma comissão conjunta estaria trabalhando e que a possível transferência de tecnologia poderia proporcionar bons resultados.
Após a retirada das aeronaves norte-americanas de serviço, os pilotos bolivianos pediram que a substituição fosse feita por aviões russos, pois há uma grande confiança no equipamento militar russo por parte dos militares do país.
O Yak-130 entrou em serviço em 2010 e o avião tem sido amplamente exportado como caça de treinamento para as modernas aeronaves como o Su-30, podendo ser também utilizado como caça de combate.
A aeronave pode transportar uma carga útil de até 3.000 quilogramas, incluindo munições guiadas, além da capacidade de operar em guerras eletrônicas.
Devido ao baixo orçamento boliviano, o país busca uma opção mais viável e o Yak-130, por possuir capacidades elevadas e valor acessível, entra na lista de aquisições bolivianas.
Além disso, diversos outros Estados latino-americanos demonstraram interesse em jatos russos. Vale destacar que a Venezuela atualmente conta com uma frota de 23 caças Su-30MK2 de superioridade aérea e, está planejando adquirir outros caças de alto nível.
Outro ponto importante é que a Bolívia mantém boa relação com a Venezuela e o destacamento de aeronaves russas contendo os mesmos subsistemas e munições poderia facilitar o estreitamento dos laços entre as forças aéreas dos dois países.
Com isso, a Bolívia estaria elevando suas capacidades aéreas como forma de melhorar a soberania do país e prestar um melhor serviço ao povo boliviano, conforme disse Evo Morales anteriormente.