"Após a queda de seu drone invasor, os EUA nos disseram através de intermediários diplomáticos que queriam realizar uma operação limitada", relatou o general, citado pela Reuters.
Além disso, ele acrescentou que Teerã respondeu ao aviso dizendo que veria qualquer operação como "o início da guerra".
O Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica abateu o drone norte-americano no dia 20 de junho. Na ocasião, Teerã afirmou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que o drone estava voando em modo furtivo e realizava "uma operação de espionagem".
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Zarif, divulgou, inclusive, um mapa com a suposta rota percorrida pelo drone norte-americano, mostrando que a aeronave havia invadido o espaço aéreo iraniano por diversas vezes, ignorando os avisos, até ser abatido.
Por sua vez, o Pentágono afirma que o drone foi abatido enquanto sobrevoava águas neutrais no estreito de Ormuz.
Entretanto, a Rússia contradisse as afirmações norte-americanas, já que os militares russos possuíam informações de que o drone foi abatido no espaço aéreo iraniano.
Além disso, a emissora iraniana divulgou fotos dos destroços do drone norte-americano sendo retirado das águas iranianas.
O episódio agravou as tensões entre Teerã e Washington e, poucos dias depois, o presidente norte-americano decidiu um ataque de retaliação contra o Irã, que veio a ser cancelado por Trump minutos antes de ser realizado.
Petroleiros
Os EUA acusam ainda o Irã de, no dia 13 de junho, atacar os petroleiros Kokuka Courageous e Front Altair quando estes navegavam no golfo de Omã, tendo sido atingidos por explosões e incêndios.
Contudo, Teerã considera as acusações "infundadas" e nega categoricamente que a República Islâmica tenha tido qualquer ligação com o acontecimento. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, qualificou os incidentes de "suspeitos".