"Por que eles globalmente nos sancionam sobre a questão nuclear quando o mundo sabe que não estamos buscando uma arma? Na realidade, eles estão nos sancionando por causa do conhecimento", afirmou o militar, citado pela agência Tasnim. "Armas nucleares não têm lugar no islamismo. O islamismo nunca aprova armas de destruição em massa."
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) 8 de julho de 2019
Nesta segunda-feira, o Irã começou a enriquecer urânio acima do limite de 3,67% estipulado no acordo nuclear firmado com o grupo do P5+1 em 2015, em decorrência da recusa da Europa em ajudar o país a contornar os efeitos das sanções impostas pelos Estados Unidos à República Islâmica após a saída unilateral de Washington do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA). De acordo com o governo iraniano, tais medidas, de redução dos compromissos junto ao JCPOA, que podem continuar a ser adotadas progressivamente, não têm como objetivo prejudicar o acordo, mas, sim, salvá-lo, criando um novo equilíbrio nesses compromissos.
Mais cedo, o porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI), Behrouz Kamalvandi, disse que seu país tem uma série de opções para o próximo passo nessa redução gradual dos compromissos com o acordo nuclear de 2015, incluindo um enriquecimento de urânio a 20% de pureza. Segundo ele, o atual nível de enriquecimento de urânio está atendendo às demandas do Irã por combustível necessário para operar os reatores das usinas nucleares, mas Teerã poderia facilmente aumentar esse nível de enriquecimento se assim desejasse.
"Há muitas opções para o próximo passo na redução dos compromissos do JCPOA, mas sua implementação deve ser econômica e tecnicamente viável", disse Kamalvandi, ainda de acordo com a Tasnim.