Segundo o órgão, 47% dos brasileiros são favoráveis às mudanças no sistema de aposentadorias e pensões, ante 44% de contrários ao movimento liderado pelo Legislativo do país em 2019.
Entretanto, por conta da margem de erro da pesquisa ser de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, configura-se um cenário de empate técnico. De acordo com o Datafolha, o nível de confiança do estudo é de 95%.
Entre os 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, de 130 cidades do país, ouvidos entre os dias 4 e 5 de julho, outros 6% não sabem se apoiam ou reprovam a Reforma da Previdência, enquanto 3% se disseram indiferentes ao assunto.
O resultado divulgado nesta terça-feira é ligeiramente diferente da pesquisa anterior, quanto 51% dos entrevistados se disseram favoráveis à reforma, contra 41% que a rechaçavam. Outros 7% não sabiam e 2% se declararam indiferentes.
Apesar da margem de erro, o Datafolha informou que a queda na taxa de rejeição à Reforma da Previdência entre abril e julho ocorreu tanto entre homens quanto mulheres, em todas as faixas etárias, escolaridade e renda familiar.
O governo do presidente Jair Bolsonaro espera que a matéria vá a plenário na Câmara ainda nesta semana, após um fim de semana de negociações capitaneadas pelo presidente da Casa, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Para garantir mais votos, Bolsonaro resolveu exonerar temporariamente três dos seus ministros – Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Tereza Cristina (Agricultura) – para que retornem à Câmara para as votações em dois turnos. Já o ministro Osmar Terra (Cidadania) seguirá no cargo, já que o seu suplente, Darcísio Perondi (MDB-RS), é a favor da reforma.
Para ser aprovada, a Reforma da Previdência precisa atingir um mínimo de 308 votos de um total de 513 possíveis no plenário da Câmara, em dois turnos. Se avançar, a matéria segue em seguida para o Senado, onde deverá protagonizar os debates no segundo semestre.