Entidade internacional de imprensa critica Reino Unido por barrar agências russas

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O diretor-executivo do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), Joel Simon, criticou, nesta terça-feira (9), a decisão de um da Conferência Global de Liberdade sobre Imprensa de barrar as agências de notícias russas RT e Sputnik.

Para ele, trata-se de uma decisão contraproducente que pode levar a maiores restrições à mídia, disse o chefe do CPJ.

A crítica foi expressa em uma carta direta para o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt.

"Estou escrevendo para expressar minha preocupação com a decisão do seu governo de negar o credenciamento aos meios de comunicação russos RT e Sputnik para cobrir a Conferência Global sobre Liberdade de Imprensa em Londres", escreveu Simon.

O diretor-executivo do CPJ disse ainda que barrar as duas agências incentiva "governos autocráticos em todo o mundo que usam uma lógica similar para justificar a repressão ao jornalismo crítico".

A Conferência Global sobre Liberdade de Imprensa acontece em Londres entre os dias 10 e 11 de julho. A recusa por parte da chancelaria britânica em credenciar as agências russas foi anunciada na sexta-feira (5).

O porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov, também criticou a postura adotada no Reino Unido.

"Não pode haver nenhum tipo de séria discussão sobre liberdade de imprensa em condições em que é negada a entrada de jornalistas", disse Peskov.

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