"Não temos medo nenhum", afirma Greenwald sobre uma possível investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre seus dados.
Segundo Greenwald, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, recusou negar a existência de uma investigação do Coaf porque gostaria de deixar os jornalistas do Incerpt "com medo". Ele também ressaltou que há um movimento global para "criminalizar o jornalismo e jornalistas".
O subprocurador-geral do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, solicitou, via medida cautelar, que o Coaf suspenda uma investição sobre Greenwald, caso ela exista.
Lembrando o caso de Edward Snowden, que vazou documentos secretos mostrando a dimensão da operação de espionagem dos Estados Unidos, Greenwald ressaltou que o então procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, negou qualquer ação para publicar ou perseguir os jornalistas envolvidos na publicação.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político e professor da Universidade Veiga de Almeida Guilherme Carvalhido afirma que a investigação é "possível represália" contra o trabalho Greenwald. Carvalhido ressalta que caso não exista um processo contra o jornalista do Intercept, o objetivo é "uma intervenção direta para tentar calar ou reduzir a atividade jornalística dessas pessoas. Infelizmente isso é muito comum no Brasil e em várias partes do mundo"