"Nós e os vizinhos vivemos nesta região e permaneceremos nesta área. Se quisermos manter a segurança desta área, temos que fazer isso", disse Abbas Mousavi, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã.
Falando à agência de notícias iraniana IRNA, o diplomata alertou os atores regionais contra a confiança na "presença estrangeira de dezenas de milhares de quilômetros de distância".
"Eles estão mentindo [quando dizem] que virão para a nossa região para estabilizá-la. Isso não vai ajudar e deve ser considerado um perigo para todos", complementou.
O Irã é atualmente o foco de uma crise de segurança, com os EUA e seus aliados aumentando a pressão sobre a República Islâmica. Em um dos últimos desenvolvimentos, o Reino Unido prendeu um petroleiro carregando petróleo iraniano pelo estreito de Gibraltar, alegando que o carregamento estava indo para a Síria em violação das sanções da União Europeia (UE).
Mousavi afirmou que Teerã vê a medida como um ataque às suas exportações de petróleo sob o pretexto de sanções sírias, o que está de acordo com a meta de Washington de sufocar a indústria petrolífera iraniana.
"Nossa pergunta para os britânicos é se a República Islâmica do Irã está sob a sanção da União Europeia? A Europa está impondo uma sanção ao petróleo?", comentou o funcionário, pedindo ao Reino Unido que liberasse o navio "o mais rápido possível", porque seria "do interesse de todos".
Teerã é acusada pelo Reino Unido de tentar capturar um petroleiro britânico que passa pelo estreito de Hormuz na quinta-feira. Londres diz que a tentativa falhou devido a uma escolta militar defendendo o navio. O Irã insiste que não tentou parar o petroleiro e acusou o Reino Unido de tentar aumentar as tensões.