Durante os últimos dois anos foram alegadamente registradas 25 falhas de segurança na usina de reprocessamento de material nuclear de Sellafield.
Os incidentes ocorridos incluíram o vazamento de radiação de um cano de água, um contentor de resíduos nucleares que por qualquer razão não estava soldado completamente, pó de urânio derramado e o vazamento de ácido de um tubo de água, entre outras falhas registradas.
Os registos efetuados revelam que o esquadrão antibomba foi chamado à usina em outubro de 2017 após químicos potencialmente instáveis terem provocado receio, enquanto passado um mês foi descoberto que um dos funcionários tinha sido exposto a baixo nível de radiação, escreve jornal The Sun.
O complexo nuclear armazena 140 toneladas de plutônio, bem como recebe os resíduos radioativos de reatores que estão em funcionamento no Reino Unido.
Apesar de os gerentes terem reiterado várias vezes que a segurança é uma "prioridade fundamental", mesmo assim as instalações protegidas com arame farpado foram denominadas como o lugar mais perigoso na Europa.
'Um só erro pode ser catastrófico'
A população local vive com medo constante de que algum acidente grave possa acontecer ali, disse Janine Smith do grupo de ativistas contra ambiente radioativo desta zona.
"Uma só falha de segurança já é demais. Não devia haver nenhuma. Um só erro pode ser catastrófico. Os prédios em Sellafield estão tão perto uns dos outros que, se alguma coisa acontecer neste sitio, isso seria um desastre. Poderia ser pior que Chernobyl", afirmou Smith.
Por outro lado, respondendo aos receios relacionados com a segurança nuclear, a empresa Sellafield Ltd. informou que eles permanecem sempre vigilantes em relação ao que tem a ver com segurança.
"Nenhum dos acontecimentos registrados nos últimos dois anos foi superior ao nível mais baixo de classificação. Em conformidade com o nosso compromisso de abertura e transparência, nós investigamos todos os incidentes e apresentamos os detalhes no nosso site", disse um representante da empresa.
O desastre de Chernobyl é considerado um dos piores acidentes nucleares da história. A contaminação subsequente fez com que cerca de 8,4 milhões de habitantes da atual Bielorrússia, Ucrânia e Rússia tivessem sido expostos a elevados níveis de radiação, enquanto mais de 400.000 pessoas foram obrigadas a abandonar as zonas mais poluídas.