Ghyslain Wattrelos, um engenheiro francês que perdeu sua esposa e dois filhos adolescentes na catástrofe do MH370, afirma que o avião condenado estava carregando uma carga misteriosa.
Ele disse ao jornal Le Parisien, citando investigadores franceses, que "há várias listas contraditórias de passageiros, por exemplo, a lista de instalação de passageiros".
Também ficou claro que uma "misteriosa carga de 89 kg" foi adicionada à lista de voo após a decolagem, junto com um contêiner sobrecarregado, disse ele.
"O especialista não chega a nenhuma conclusão. Pode ser incompetência ou manipulação. Tudo é possível. Isso fará parte das perguntas para os malaios", disse ele.
Desaparecimento misterioso
As autoridades malaias não conseguiram estabelecer por que é que o avião com 239 pessoas a bordo fez um desvio na rota de Kuala Lumpur para Pequim e desapareceu das telas de radar. Uma extensa busca subaquática no sul do oceano Índico, onde se acredita que o avião se despenhou, não encontrou vestígios do Boeing.
Vários pedaços de destroços, que provavelmente pertenciam ao avião, foram encontrados ao largo da África do Sul, Madagáscar e Maurício.
Houve várias teorias, muitas vezes contrastantes, sobre a causa da tragédia. Uma delas sugere que o Boeing poderia ter sido sequestrado - quer por um dos pilotos ou passageiro clandestino.
Carga clandestina
A descoberta da carga de 89 quilos poderia fundamentar esta última hipótese. No mês passado, o especialista em segurança da aviação Tim Termini disse ao programa Flight do Channel 5: "Penso que é muito provável que tenha ocorrido um sequestro - e, mais uma vez, há quatro opções para o sequestro".
Uma delas é o sequestro da aeronave através de um membro da tripulação, o segundo é um sequestro vindo de um passageiro, disse ele.
Termini indicou também que uma terceira opção, que é bastante incomum, seria um passageiro clandestino. “A quarta opção é uma apropriação eletrônica da aeronave por uma estação terrestre".
Passageiro desconhecido
Philip Baum, editor da revista acadêmica Aviation Security International e professor de segurança da aviação, afirmou que as autoridades não parecem querer contemplar a possibilidade de um clandestino.
"Eu acho que um passageiro clandestino é uma possibilidade forte, especialmente porque nenhuma autoridade parece querer sequer contemplar a possibilidade", disse ele ao The Independent em 2018.
Ele adicionou que um ou mais indivíduos poderiam ter entrado a bordo do avião enquanto ele estava aterrado no aeroporto e ter se escondido no bloco eletrônico situado atrás da cabine de pilotagem.