No passado dia 12 de julho, a Venezuela conseguiu vender ouro no valor cerca de US$ 40 milhões, de acordo com a agência Bloomberg, apesar dos esforços feitos pelos EUA para travar a venda do metal precioso pelo Governo de Nicolas Maduro.
O metal tem servido como boia de salvação financeira para o país devastado, que se encontra sob intensa pressão das sanções impostas pelos EUA. De acordo com o meio de comunicação, o Banco Central venezuelano ainda possui US$ 8,1 bilhões em reservas de ouro, se aproximando assim a marca mais baixa dos últimos 30 anos.
Vale destacar que, conforme a mesma agência tinha informado no dia 4 de junho, o Deutsche Bank confiscou 20 toneladas de ouro da Venezuela por alegado descumprimento de pagamento do empréstimo de US$ 750 recebido em 2016.
Embora o contrato deva somente expirar em 2021, o banco rescindiu o contrato mais cedo devido ao não pagamento de juros. Na mesma linha, em março de 2019, o banco Citigroup apreendeu o ouro venezuelano depositado como garantia.
Tentativas de Washington agravar a crise
Washington tem estado há muito tempo procurando maneiras de limitar a capacidade da Venezuela, tendo alcançado diferentes nível de sucesso. Por exemplo, o Banco da Inglaterra rejeitou o pedido de transferência de parte das reservas de ouro venezuelanas em 2019 alegadamente devido à pressão das autoridades estadunidenses.
As tentativas da Casa Branca de barrar a venda do ouro venezuelano fazem parte do seu esforço de fazer pressão sobre o presidente da Venezuela Nicolás Maduro e fazê-lo renunciar, sufocando a economia do país com sanções.
A Venezuela está passando por uma crise político-econômica muito intensa desde janeiro deste ano depois que Guaidó se autoproclamou presidente interino em uma tentativa de expulsar Maduro. Os EUA reconheceram Guaidó e passaram a impor sanções à Venezuela, congelando bilhões de dólares em ativos venezuelanos.
Por sua vez, Maduro chamou Guaidó de fantoche dos EUA e acusou os norte-americanos de orquestrarem um golpe na Venezuela para forçar uma mudança de governo e reivindicar vastos recursos naturais do país.