De acordo com pesquisas recentes realizadas por especialistas dos EUA, que analisaram cerca de 22.500 páginas web de pornografia, tais empresas como o Google e o Facebook estão registrando permanentemente dados pessoais de navegação nestes sites. Segundo especialistas, o Google tinha software de rastreamento em 74% dos sites pornográficos.
Os rastreadores da empresa de software Oracle apareceram em 24% das páginas e o Facebook, que não permite conteúdo pornográfico ou imagens de corpos humanos nus em nenhuma de suas plataformas, tinha rastreadores em 10% dos sites analisados no estudo.
No entanto, não está claro para onde vão os dados confidenciais porque o Google e o Facebook não colocam seus anúncios em páginas de conteúdo sexual pornográfico, observa o The New York Times.
Servidores da empresa
Embora os dados coletados sejam tecnicamente anônimos e não sejam usados para publicidade direcionada, eles permanecem nos servidores da empresa, de acordo com o estudo.
A informação coletada em sites pornográficos é muito pessoal e, portanto, requer atenção adicional e o desenvolvimento de políticas de privacidade, dizem os especialistas.
"Esses sites pornográficos precisam pensar mais sobre os dados que contêm e que são tão sensíveis quanto as informações de saúde", disse Elena Maris, pesquisadora de pós-doutoramento da Microsoft e principal autora do estudo, citado pela NYT.
Proteção de dados
"A proteção destes dados é crucial para a segurança de seus visitantes. E o que vimos sugere que esses sites e plataformas podem não ter pensado sobre isso como deveriam", acrescentou.
Entretanto, o número de visitantes de sites pornô está aumentando de ano para ano. De acordo com o relatório de 2018 do PornHub, só o seu serviço tem cerca de 92 milhões de visitantes por dia.