"Precisamos de pelo menos seis quebra-gelos, incluindo três pesados. Agora nós temos um único quebra-gelo [americano] Polar Star, que tem 40 anos", afirmou Abel em uma conferência sobre o impacto do derretimento do gelo do Ártico nas operações navais.
O vice-almirante adicionou que Moscou já estabeleceu seis novas bases no Ártico e construiu seis novos quebra-gelos.
Não são recentes os apelos à oposição americana à crescente influência russa nessa região do Hemisfério Norte.
Previamente, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, expressou preocupação com as "reivindicações russas" das águas internacionais da Rota Marítima do Norte e com os planos de conectá-la com a Rota da Seda chinesa.
O estabelecimento de uma presença americana na região ártica ao longo de todo o ano também foi prometido pelo conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, que afirmou que isso seria possível quando os novos quebra-gelos americanos entrassem em funcionamento.
Intriga no Ártico?
Em abril, o Pentágono assinou um contrato para construir um quebra-gelo de classe pesada para a Guarda Costeira como parte do programa Polar Security Cutter, que prevê a construção de três navios das classes média e pesada, planejados para substituir os dois quebra-gelos obsoletos.
Esta declaração se seguiu ao anúncio da nova estratégia da Guarda Costeira do Ártico, que refere que Washington teria que enfrentar Moscou e Pequim na região, enquanto que a instituição, responsável pela prestação de vários serviços marítimos, declarou a sua disponibilidade para uma cooperação pacífica.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, destacou que o país eslavo está aberto à "mais ampla" cooperação no Ártico e que Moscou vê a região como "um espaço de paz, estabilidade e cooperação produtiva".