O golpe de Estado armado antinazista foi planejado em 1938, quando os conspiradores queriam abandonar a política externa agressiva e evitar uma guerra, para a qual acreditavam que a Alemanha não estava preparada.
Tentativa fracassada
Em agosto de 1943, o tenente-coronel Claus von Stauffenberg juntou-se aos conspiradores. Um ano depois, ele foi nomeado chefe do Estado-Maior do Exército da reserva e pôde participar de reuniões na sede de Hitler, chamada Wolfsschanze, e na residência-refúgio do Fuhrer de Berghof.
Em 20 de julho de 1944, na sede em questão, Stauffenberg chegou com uma bomba em sua pasta, ativou o detonador, colocou a pasta sob a mesa a alguns metros de onde Hitler deveria ficar e se retirou do local.
O Fuhrer foi salvo por acaso por que um dos presentes moveu a pasta. A explosão matou quatro oficiais, Hitler recebeu numerosos ferimentos de estilhaços, queimaduras nas pernas e lesões nos tímpanos, além de ter ficado com o braço direito temporariamente paralisado.
Após a tentativa fracassada de assassinato, os rebeldes foram caçados e praticamente todos os participantes da conspiração foram identificados e executados.
Na Alemanha moderna, o dia 20 de julho é considerado o dia de luto pelos participantes da resistência anti-Hitler que foram mortos.
Explosão na cervejaria
Depois que os nazistas chegaram ao poder, o antifascista alemão Johann Georg Elser, que chegou à Munique em agosto de 1939, concluiu que eles iriam arrastar a Alemanha para uma grande guerra e estabeleceu como objetivo matar Hitler.
O alemão opositor ao nazismo passou várias semanas estudando cuidadosamente os lugares que o Fuhrer frequentava e escolheu a cervejaria Burgerbraukeller, onde Hitler fazia discursos regularmente, para a tentativa de assassinato.
Na noite para 8 de novembro de 1939, cerca de 2.000 pessoas se reuniram na cervejaria, onde Elser havia instalado uma bomba. Hitler, que normalmente fazia um discurso de uma hora e meia a duas horas, desta vez só demorou uma hora e saiu do salão sete minutos antes da detonação da bomba, que matou oito pessoas e feriu 63.
Elser foi preso na mesma noite na fronteira com a Suíça, levado primeiro para o campo de concentração de Sachsenhausen e depois transferido para Dachau. Em 9 de abril de 1945, ele foi fuzilado.
Plano de assassinato
A inteligência estrangeira também tinha planos para eliminar Hitler. Em particular, a Executiva de Operações Especiais (SOE, na sigla em inglês) do Reino Unido desenvolveu a Operação Foxley em 1944.
Uma das opções era detonar o trem do Fuhrer, pois os serviços de inteligência britânicos tinham uma rica experiência de sabotagens em ferrovias. Outra ideia era envenenar o sistema de abastecimento de água potável de Hitler com um veneno mortal sem sabor, mas o plano foi descartado por ser difícil de implementar.
Finalmente, decidiram confiar a eliminação do Chanceler do Reich a um atirador furtivo. Um alemão que havia servido anteriormente na segurança pessoal de Hitler e que tinha sido capturado pelos britânicos na Normandia informou aos serviços secretos que o Fuhrer, quando ficava na residência de Berghof, gostava de caminhar sem proteção ao longo da floresta pela manhã. Vários operacionais, vestidos com uniformes alemães e fluentes em alemão, deviam saltar com paraquedas nas proximidades da residência, avançar secretamente até ao alcance efetivo do alvo e atirar em Hitler durante seu passeio matinal.
O plano foi apresentado para aprovação final em novembro de 1944, mas o coronel Ronald Thornley, chefe-adjunto do departamento alemão da SOE, insistiu na sua anulação por várias razões.
Em primeiro lugar, Hitler não era considerado um bom estrategista e sua morte não seria viável do ponto de vista militar. Em segundo lugar, o assassinato poderia transformar Hitler em mártir e elevar o moral do exército alemão. Além disso, a derrota da Alemanha na guerra naquela época era apenas uma questão de tempo.