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Cientista: ciborgues irão dominar Terra até final do século XXI, mas não vão eliminar humanos

© flickr.com / Dick Thomas JohnsonCena do filme "O Exterminador do Futuro", de James Cameron (foto de arquivo)
Cena do filme O Exterminador do Futuro, de James Cameron (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A ideia de que as máquinas com inteligência artificial irão coexistir, dominar ou até mesmo destruir a humanidade tem ganhado destaque na ficção científica.

Esta ideia está presente e tem ganhado grande popularidade como, por exemplo, nos filmes de ficção científica tais como o Exterminador Implacável, Blade Runner, entre outros. No entanto, o criador da hipótese de Gaia, James Lovelock, destaca uma coisa que em muitas destas obras foi mal entendida.

As máquinas do futuro, altamente inteligentes com inteligência artificial, não irão necessariamente se tornar rebeldes e destruir a humanidade, opina o Dr. James Lovelock, um dos cientistas e futuristas mais respeitados do Reino Unido.

Lovelock é coautor da famosa hipótese de Gaia, de acordo com a qual os organismos vivos e os criados artificialmente irão interagir uns com outros, criando uma espécie de sistema autorregulado e integrado que ajudará a perpetuar vida na Terra.

Ele está convencido de que os organismos cibernéticos irão governar o planeta até ao século XXI, graças ao seu enorme potencial de inteligência.

"Eles [os organismos artificiais] serão capazes de transmitir a informação entre si muito mais rápido, e a evolução deles irá ser também muito mais rápida", acrescentou Lovelock, citado pelo Daily Mail

De acordo com o cientista, em vez de se revoltar contra os humanos, os robôs com inteligência artificial irão coexistir conosco, mas irão nos tratar de forma semelhante como nós tratamos as plantas.

"Os ciborgues serão muito mais que nossos filhos, porque são totalmente diferentes de nós, têm suas próprias origens. Mas a ideia de que eles nos vão substituir é uma tolice. Nós vamos coexistir com eles da maneira como coexistimos com as plantas. Eles vão nos ver do mesmo jeito que nós vemos as plantas – como seres mais lentos. Entretanto eles podem muito bem achar certos aspetos de nós interessantes, da mesma forma que nós podemos ir ao [jardim botânico real] Kew Gardens", disse cientista.

Esta nova forma de vida será não só consciente, mas até "mais consciente que nós", graças a sua enorme vantagem em velocidade de computação, comparado com o cérebro humano.

De acordo com James Lovelock, a humanidade deverá estar contente e não aterrorizada, pela revolta das máquinas, porque, graças ao seu enorme potencial de inteligência e capacidade de processamento de informação, poderão nos ajudar a evitar catástrofes e extinções em massa, como aquela que matou todos os dinossauros.

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