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Economista avalia decisão de Bolsonaro de liberar recursos do FGTS

© Rafael Neddermeyer / Fotos PúblicasCarteira de Trabalho e Previdência Social
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta semana uma medida para impulsionar a cambaleante economia brasileira: a liberação de saques doFGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Agora, os trabalhadores poderão sacar até R$ 500 de cada conta que tenham no FGTS. A previsão é que esses recursos sejam liberados a partir de setembro desse ano. A transferência de recursos será automatica para quem tiver conta na Caixa Econômica Federal.

Também foi criado o saque-aniversário, que permite a retirada de recursos anualmente de diferentes quantias, de acordo com o saldo do FGTS do trabalhador. Quem optar por essa modalidade, contudo, não terá acesso ao saldo total do FGTS caso seja demitido sem justa causa.

"Esse dinheiro entrando no bolso das pessoas muito apertadas, certamente vai ser usado para pagar dívidas, vai desafogar essas pessoas e portanto induzi-las a consumir mais, isso no curtíssimo prazo" diz o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Renato Fragelli.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Fragelli ressaltou que o impacto desses recursos na economia brasileira será apenas "marginal e pequeno no curto prazo".

O professor da FGV também defendeu a revisão do FGTS e disse que a alteração promovida por Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, mostra que o Palácio do Planalto tem novos planos para o fundo:

"Esse é o início da substituição do FGTS por algo que ainda não está bem clara."

A projeção de crescimento da economia brasileira em 2019 é de 0,82%.

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