O navio foi detido no porto ucraniano de Izmail, localizado na região de Odessa. Agentes do SBU, procuradores militares e guardas fronteiriços realizaram uma busca ao navio, sancionada por um tribunal ucraniano, e apreenderam documentos, registros de comunicações e diários de bordo.
Eles também interrogaram a tripulação. O próprio navio foi considerado como prova material e está sendo preparado o pedido para a detenção dele.
Os marinheiros russos do petroleiro detido foram libertados, como já informou a mídia ucraniana citando fontes no SBU. Foi afirmado que o navio entrou no porto com o nome de NIKA SPIRIT.
Detalhes da detenção
Os suspeitos no processo são 15 altos funcionários militares russos, incluindo um contra-almirante, dois vice-almirantes e um coronel-general.
Note-se que o navio, que alegadamente teria participado do bloqueio da passagem de navios ucranianos no estreito de Kerch, foi detectado pelos números IMO e MMSI, pois segundo a mídia os números do NEYMA e do NIKA SPIRIT são idênticos.
Segundo informou à Sputnik uma fonte no Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Moscou está informada da detenção do petroleiro e espera que as autoridades ucranianas esclareçam suas acusações concretas. Em relação a este incidente, o Parlamento russo já propôs levantar a questão da imposição de sanções contra os portos da Ucrânia.
Tensões na região do estreito de Kerch
Deve ser destacado que a região do estreito de Kerch continua sendo um local de tensões russo-ucranianas.
Em novembro passado, três navios militares ucranianos violaram a fronteira russa realizando manobras perigosas durante horas e sem responder às legítimas exigências das autoridades russas.
Os guardas de fronteira da Rússia detiveram os perpetradores. Havia 24 militares a bordo dos navios, incluindo dois oficiais do SBU. O tribunal determinou sua prisão e os acusou de terem violado a fronteira.