A informação faz parte do 7º Relatório da OMS sobre a Epidemia Mundial do Tabaco, divulgado nesta sexta-feira no Rio de Janeiro. O relatório avalia o progresso dos países em ajudar as pessoas a deixar de fumar, informou Agência Brasil.
Segundo a OMS, o Brasil, na segunda posição, é exemplo para o mundo no combate ao tabagismo.
Brasil e Turquia se tornaram referências e alcançaram o mais alto nível das seis medidas Mpower (plano para reverter a epidemia do tabaco) de controle do tabaco: monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção; proteger as pessoas contra o tabagismo; oferecer ajuda para parar de fumar; avisar sobre os perigos do tabaco; aplicar proibições à publicidade, promoção e patrocínio do tabaco; e aumentar os impostos sobre o tabaco.
A OMS lançou hoje no Rio de Janeiro um novo relatório sobre a epidemia mundial do tabaco que analisa os esforços nacionais para aplicar as medidas mais eficazes da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco. +INFO: https://t.co/Xi2MnkDaDT #NoTobacco pic.twitter.com/QfYXz1HnMc
— OPAS/OMS (@OPASOMSBrasil) July 26, 2019
O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revela que 9,3% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar, em 2018, contra 15,7%, em 2006, ano em que a pesquisa começou a ser feita.
Segundo o Inca, quase 1,6 milhão de brasileiros fizeram o tratamento para parar de fumar na rede pública de saúde, entre os anos de 2005 e 2016. Outro ponto que contribuiu para a redução do consumo de tabaco no Brasil foi a criação de um serviço telefônico gratuito e nacional para a população tirar dúvidas, o Disque Saúde 136. No Brasil, os impostos cobrados sobre os produtos de tabaco chegaram a 83%, em 2018, contra 57%, em 2008.
A @WHO divulgou o Relatório sobre a Epidemia Mundial do Tabaco, que coloca o Brasil como referência internacional. Dos 171 países que aderiram às medidas globais da OMS, apenas o Brasil e Turquia realizaram as ações governamentais de sucesso. Saiba mais: https://t.co/dAMj5E7gPT pic.twitter.com/JDserWHFYL
— Ministério da Saúde (@minsaude) July 26, 2019
O ato de fumar foi proibido em locais fechados, públicos e privados, pela Lei 12.546/2011; as mensagens nas embalagens dos cigarros tornaram-se mais impactantes com o passar dos anos; a publicidade do tabaco foi proibida nos meios de comunicação e o patrocínio de marcas de cigarro foi vetada em eventos culturais e esportivos. No ano passado, o Brasil assumiu o compromisso de ajudar a extinguir o comércio ilícito de produtos de tabaco, durante a 42ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul.
A OMS contabiliza 1,1 bilhão de fumantes em todo o mundo. Oito de cada dez pessoas que fumam moram em países de renda baixa, o que agrava os custos para a saúde com doenças relacionadas ao hábito. A organização calcula que 8 milhões de pessoas morram por causa do consumo do tabaco. A população mundial atingiu 7,6 bilhões em 2017.