O presidente não deixou de criticar, no entanto, o jornalista, cujo site vem divulgado conversas do ministro Sergio Moro, da Justiça, com procuradores da Operação Lava Jato.
"Tanto é que não se encaixa na portaria o crime que ele está cometendo. Até porque ele é casado com outro homem [deputado federal David Miranda, que é brasileiro] e tem meninos adotados no Brasil. Ele não vai embora, o Glenn pode ficar tranquilo. Talvez ele pegue uma cana aqui no Brasil. Não vai pegar lá fora, não", disse o presidente durante cerimônia de formatura de paraquedistas no Rio de Janeiro, citado pela Agência Brasil.
O político voltou a defender a proposta do Ministério da Justiça e que suspeitos de crime precisam ser "mandados para fora do Brasil".
"Eu não sou xenófobo, mas na minha casa, entra quem eu quero. E a minha casa, no momento, é o Brasil", concluiu o presidente.
Ao contrário dos desejos de Bolsonaro, ele não é (ainda) um ditador. Ele não tem o poder de ordenar pessoas presas. Ainda existem tribunais em funcionamento. Para prender alguém, tem que apresentar provas para um tribunal que eles cometeram um crime. Essa evidência não existe. https://t.co/mYn2rnMwtp
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) July 27, 2019
Os comentários de Bolsonaro não passaram em branco, no entanto. O jornalista norte-americano respondeu à declaração de Bolsonaro, em sua conta no Twitter e afirmou que o presidente "não tem o poder de ordenar pessoas presas".