Os aparelhos estavam em modo "stand by" desde o dia 9 de julho, de acordo com a Administração Espacial Nacional da China.
O módulo de pouso Chang'e 4 "foi acordado" na sexta-feira às 08h12 (horário de Brasília), tendo recomeçado seus trabalhos já pelo 8° mês na Lua.
O astromóvel Yutu-2 (Coelho de Jade 2) acordou às 16h59 (horário de Brasília). Espera-se que em breve serão reiniciados os instrumentos em seu interior para a execução de trabalhos.
Durante as pesquisas, serão utilizados um dosímetro de nêutrons e outro de radiação, assim como um radioespectógrafo de baixa frequência, que estão a bordo do módulo.
Munido de uma câmera para filmagens panorâmicas, o aparelho é capaz de tirar fotos únicas do lado oculto da lua.
De acordo com o informe do programa de estudos lunares da China, o Coelho de Jade 2 já percorreu 210 metros durante sua estadia no satélite natural da Terra.
Sucessos da missão chinesa
No dia 3 de julho, a sonda Chang'e 4, poucas horas após sua aterrissagem histórica, enviou as primeiras fotos da superfície do lado escuro da lua.
O local de aterrissagem foi chamado de "Via Láctea" e está localizado na cratera Von Karman, a noroeste da Bacia do Polo Sul-Aitken, a maior cratera lunar conhecida.
Durante o tempo de estadia no lado oculto da Lua, os aparelhos chineses já executaram diversas tarefas, incluindo a primeira experiência biológica na superfície lunar, durante a qual se conseguiu cultivar um algodoeiro.
A Chang'e 4 envia regularmente fotos do lado escuro da Lua de grande valor para cientistas e para estudos futuros.