O navio estava há cerca de 50 dias parado no porto brasileiro após imbróglio envolvendo o abastecimento da embarcação. Além do Bavant, também estava parado no Brasil o MV Termeh, que voltou ao Irã no sábado (27).
O impasse em relação às embarcações se deu pois a Petrobrás se recusou a bastecê-los. A petrolífera brasileira argumentou que temia represálias do governo dos Estados Unidos, uma vez que o Irã está sob uma série de sanções econômicas de Washington.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chegou a comentar o assunto afirmando que estaria alinhado ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Diante do imbróglio, o Irã chegou a ameaçar o Brasil com um boicote no comércio bilateral. A Sputnik Brasil mostrou que o superávit comercial do Brasil com o país islâmico é o 4º maior da balança comercial neste ano.
A questão foi para a Justiça enquanto a tripulação das embarcações aguardava no litoral brasileiro. A Justiça paranaense chegou a decidir que os navios fossem abastecidos, mas um recurso da Petrobrás levou a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Na quinta-feira (25), o presidente do STF decidiu que a Petrobrás deveria abastecer os navios.
Os navios foram contratados pela empresa brasileira Eleva e trouxeram cargas de fertilizante de ureia, sendo que na volta ao Irã levariam uma carga de milho - cerca de 100 mil toneladas ao todo.
A carga que agora segue em direção ao Irã tem valor estimado em R$ 100 milhões de reais.