A promotoria pediu a Paulau, de 50 anos, a pena capital porque, anteriormente, ele já havia cometido outro crime e foi listado como um reincidente "altamente perigoso".
Os assassinatos em questão ocorreram em 30 de dezembro de 2018, em uma das aldeias da região de Vitebsk, quando o réu chegou a uma casa onde moravam duas irmãs já aposentadas em busca de dinheiro e bebida. Os corpos das duas mulheres com traços de espancamentos foram encontrados dias depois.
Apesar da gravidade dos crimes, o advogado do réu acredita que, pelo fato de seu cliente ter colaborado com a investigação, ele merecia uma penalidade menor. Mas não foi isso que entenderam as autoridades do judiciário, segundo as quais o mais justo seria uma pena capital.
A Bielorrússia é o único país da Europa onde a pena de morte ainda é aplicada. Em 1996, um referendo nacional foi organizado para ouvir a população sobre uma possível mudança nesse sistema, mas 80,5 por cento dos participantes votaram para manter essa punição em vigor.
— Maja Kocijančič (@MajaEUspox) July 30, 2019
"Bielorrússia: Comutar as sentenças de morte restantes e introduzir uma moratória à pena de morte seria um primeiro passo positivo para sua abolição", declarou Maja Kocijancic, porta-voz de Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia, sobre o caso.
Antes de Viktar Paulau, no início de 2019, em janeiro, um tribunal da república proferiu a pena de morte para Aleksandr Osipovich, também acusado de assassinar duas moças em circunstâncias agravantes.