Uma das teorias sugere que a aeronave da Malaysia Airlines, que desapareceu dos radares no dia 8 de março de 2014, poderia ter sofrido uma falha mecânica, onde um cilindro de gás oxigênio poderia ter explodido em pleno voo, assim como aconteceu com o voo 667 da EgyptAir em 29 de julho de 2011.
MS667 estava programado para voar do Cairo (Egito) a Jidá (Arábia Saudita), quando sofreu um incêndio na cabine ainda sob o solo do aeroporto da capital egípcia.
Apesar do incidente, não houve mortalidades, mas sete pessoas foram tratadas por inalação de fumaça e o avião ficou danificado de forma irreparável.
Uma investigação descobriu que o incêndio tinha sido causado pela área de armazenamento do sistema de oxigênio de emergência da tripulação, escreve o tabloide britânico Express.
Catástrofe semelhante
O que ambos têm em comum é o fato da aeronave, tanto do voo MH370 quanto do MS667, serem um Boeing 777.
O advogado de aviação James Healy-Pratt disse que isso fez com que alguns considerassem a possibilidade de que uma catástrofe semelhante tivesse acontecido no MH370, só que no ar, em vez de no solo.
"Uma das principais teorias era que tinha havido um problema com o fornecimento de oxigênio da tripulação, porque tínhamos visto um incêndio anterior em um Boeing 777 pertencente ao EgyptAir que criou um buraco de 182 centímetros na lateral da cabine de pilotagem", afirmou o advogado.
Na opinião do consultor de aviação Alastair Rosenschein, se tal desastre acontecesse enquanto o avião estivesse no ar, os pilotos procurariam aterrissar o avião o mais rápido possível.
"Quando isso acontecesse, os pilotos colocariam suas máscaras de oxigênio e a próxima coisa que fariam seria desligar o avião para um campo aéreo de desvio, porque eles sabem - há uma percepção instantânea - que você não vai continuar esse voo", ressaltou Rosenschein.
O principal problema com esta teoria é que o MH370 continuou o seu voo.
Explosão ou rapto?
Os dados disponibilizados por satélites indicam que o avião fez uma curva de 180 graus e voou até o estreito de Malaca antes de curvar sobre o oceano Índico e terminar no sul deste oceano a oeste de Perth, na Austrália.
De acordo com especialistas, a forma como o avião foi pilotado, ou seja, rápido e entre jurisdições de tráfego aéreo, indica que alguém sequestrou o avião.
Embora os especialistas tenham considerado a teoria da explosão de cilindros de oxigênio, parece mais provável que uma pessoa tenha sido responsável pelo desaparecimento, salienta a mídia.
"Foi um ser humano altamente qualificado, bem treinado no funcionamento do 777, que fez isso", relatou o jornalista de aviação David Learmount.
Em 8 março de 2014, o avião do voo MH370 desapareceu dos radares 40 minutos após deixar o aeroporto de Kuala Lumpur com destino a Pequim com 239 pessoas a bordo. Apesar de vários destroços que pertenceriam ao avião terem sido encontrados no litoral de ilhas do oceano Índico, a procura pela aeronave foi finalizada em 2018.