China diz que estrangeiros não devem 'semear desconfiança' no mar do sul da China

© AP Photo / Li Gang/XinhuaPorta-aviões chinês Liaoning realizando exercícios no mar do Sul da China acompanhado por fragatas e submarinos (foto de arquivo)
Porta-aviões chinês Liaoning realizando exercícios no mar do Sul da China acompanhado por fragatas e submarinos (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O principal diplomata da China alertou nesta quarta-feira (31) que os países estrangeiros não devem ampliar disputas no mar do sul da China, onde manobras recentes de Pequim em águas ricas em energia elevaram a tensão e receberam críticas dos Estados Unidos.

O chanceler Wang Yi elogiou o progresso de um eventual Código de Conduta com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN na sigla em inglês). O grupo de dez países teve uma reunião na capital tailandesa.

As tensões aumentaram no mar do sul da China devido a recentes incidentes entre navios chineses e vietnamitas e filipinos, os mais recentes confrontos em um local crítico global em que os Estados Unidos contestam as reivindicações marítimas da China.

"Acreditamos que os países não-regionais não devem deliberadamente ampliar essas diferenças ou disputas deixadas no passado", disse Wang, respondendo a uma pergunta sobre o envolvimento dos EUA e outros países não asiáticos nas discussões. "Os países não-regionais também não devem fazer uso dessas diferenças para semear a desconfiança entre a China e os países da ASEAN."

A China disse na semana passada que as críticas dos EUA ao seu papel no mar do sul da China, incluindo comentários do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, eram "caluniosas".

Wang deve se encontrar com Pompeo na quinta-feira.

"Espero que ambos os lados possam falar de maneira franca e construtiva", disse Wang em entrevista coletiva após encontro com o ministro das Relações Exteriores da Tailândia.

Wang disse que a China está em discussões para expandir e "institucionalizar" exercícios militares conjuntos com os países da ASEAN na região após dois exercícios anteriores.

A China reivindica grandes partes do mar do sul da China, local onde cerca de US$ 3,4 trilhões em mercadorias circulam anualmente. Países como Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã contestam as reivindicações territoriais de Pequim. 

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