"A polícia do pensamento já está aqui. O Twitter bloqueou a conta da embaixada russa na Síria depois que a missão diplomática publicou uma nota criticando os Capacetes Brancos e citou dados do Ministério da Defesa russo baseados em fatos", cita o comunicado.
Além disso, a conta bloqueada ainda não foi verificada, o que prova que as contas "correntes" não têm o direito de ter pontos de vista diferentes, ressaltam os diplomatas russos.
"A conta oficial da embaixada russa na Síria foi bloqueada ontem sem qualquer explicação. Nós consideramos isso como censura e uma violação grosseira da liberdade de expressão por parte da administração da rede social", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que exigiu ao Twitter o desbloqueio imediato da conta.
Afirmações do Estado-Maior
Em 29 de julho, o chefe do Diretório Operacional Principal do Estado-Maior russo, coronel-general Serguei Rudskoi, declarou que os terroristas lançaram uma campanha de desprestígio contra a Rússia, acusando a sua Força Aeroespacial de ataques contra civis na zona de desescalada de Idlib, no noroeste da Síria.
O general relatou que os boatos são difundidos pela controversa ONG Capacetes Brancos, que se dedica a filmar simulações de supostos "ataques da Força Aeroespacial da Federação da Rússia contra instalações civis".
Os Capacetes Brancos se apresentam como uma organização de socorristas voluntários que ajudam a população síria perante os ataques e que realizam ações de resgate.
A organização, no entanto, foi acusada pelos governos da Síria e Rússia de apoiar grupos terroristas e de simular provocações com armas químicas para justificar uma possível intervenção estrangeira no país do Oriente Médio.