Abdo Benítez pode vir a enfrentar a partir de 1º de agosto um processo de impeachment impulsionado no Congresso devido ao acordo, que foi mantido em segredo até a semana passada e estabelece novos termos para o uso da hidrelétrica.
O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai anunciou no Twitter que "na chancelaria nacional está sendo assinado agora um documento que deixa sem efeito a ata binacional de 24 de maio".
O pacto estipula novas pautas para a compra de energia e novas tarifas, com maior entrega de eletricidade ao Brasil, o que, segundo críticos, acabaria ocasionando maiores custos para o Paraguai.
Reação ao acordo controverso
A publicação do acordo nos últimos dias gerou uma crise que levou à renúncia do presidente e do gerente técnico da Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai, Pedro Ferreira e Fabián Cáceres, respectivamente.
Até a bancada do movimento Honor Colorado, do Partido Colorado (direita), anunciou que apoiará o impeachment contra Abdo Benítez e contra o vice-presidente, Hugo Velázquez, pelo acordo de "rendição".