Ao comentar as sanções, a embaixada russa nos Estados Unidos divulgou um comunicado afirmando que Washington assumiu o papel de árbitro supremo e esqueceu a presunção de inocência.
O motivo alegado pelos EUA foi o suposto envenenamento, em 2018, de Sergei e Yulia Skripal no Reino Unido. A 1ª rodada de sanções relacionadas ao caso Skripal entrou em vigor em 27 de agosto de 2018. Os EUA afirmaram que a Rússia violou as normas estipuladas pela legislação internacional.
"Não fomos apresentados a nenhuma evidência do envolvimento russo no incidente de Salisbury, e o lado britânico ainda se recusa a cooperar com a Rússia na investigação do incidente. Em vez disso, Washington decidiu se apropriar das funções de policial e árbitro supremo, que tem o direito de nomear culpados e aplicar represálias", disse a missão diplomática russa em comunicado.
De acordo com a embaixada, "os Estados Unidos mais uma vez mostraram ao mundo uma desconsideração por princípios fundamentais do estado de direito como a presunção de inocência e a necessidade de arcar com o ônus da prova", acrescenta a nota.
A Rússia negou diversas vezes o envolvimento no ataque e enfatizou que lhe foi negado o acesso a qualquer prova, além da recusa por uma investigação conjunta sobre o incidente, conforme exigido pelo direito internacional, bem como o acesso negado aos Skripals.