Para os britânicos, os submarinos da Rússia poderiam monitorar a frota do país e inclusive se conectar aos seus cabos de comunicação debaixo do mar, pondo em alto risco a segurança do Reino Unido.
Altamente silenciosos e com uma melhor capacidade de detecção de alvos, os submarinos da classe Varshavyanka poderão complicar o trabalho do porta-aviões e navio capitânia HMS Queen Elizabeth, informou a edição britânica The Daily Telegraph citando fontes militares.
As novas características do submarino russo preocupam os militares britânicos, os quais apontam a necessidade da Marinha do Reino Unido receber maiores investimentos para manter sua capacidade de dissuasão nuclear.
"O novo comandante da Marinha do Reino Unido deve manter uma defesa submarina eficaz. Precisamos fazer melhor o nosso trabalho", disse uma fonte militar.
Os submarinos diesel-elétricos do projeto 636.3 Varshavyanka são de 3ª geração. Seu deslocamento é de 3.950 toneladas e a velocidade máxima é de 20 nós. O submarino pode submergir até 300 metros e sua tripulação é formada por 52 homens.
As embarcações do projeto 636.3 são equipadas com sistema de navegação inercial e um sistema avançado de controle automático.
O submarino é armado com potentes torpedos de calibre 533 mm, minas e mísseis Kalibr. O submarino é capaz de detectar um alvo três ou quatro vezes mais longe que o adversário o pode fazer. Por ser um submarino difícil de ser localizado, a OTAN lhe deu o nome de "buraco negro".
Seis submarinos desta classe já foram construídos para a Frota do Mar Negro. Até 2022, outras seis unidades serão construídas para a Frota do Pacífico.