O anúncio do HarmonyOS destaca a crescente capacidade da Huawei, segunda maior marca global de smartphones e maior fabricante de equipamentos de rede para operadoras de telefonia, de criar tecnologia e reduzir sua dependência de fornecedores dos EUA.
As restrições dos EUA impostas em maio ameaçaram as vendas de smartphones da Huawei ao limitar o acesso ao Android e impedir o Google, uma unidade da Alphabet Inc., de fornecer serviços de música e outros funcionalidades.
A Huawei Technologies Ltd. quer continuar usando o Android, disse Richard Yu, CEO da unidade de dispositivos para consumidores, em uma conferência para desenvolvedores de software na cidade de Dongguan, no sul do país.
"No entanto, se não pudermos usá-lo no futuro, podemos imediatamente mudar para o HarmonyOS", disse Yu. Ele disse que isso poderia ser feito em apenas dois dias, se necessário.
A Huawei, primeira marca global de tecnologia da China, está no centro de uma batalha entre Washington e Pequim por conta da ambição do Partido Comunista de criar empresas que possam competir em robótica e outros campos.
A administração Trump diz que os esforços de Pequim são baseados em roubar ou pressionar as empresas a entregar a tecnologia. Washington e outros parceiros comerciais dizem que a campanha chinesa viola suas obrigações de livre comércio.
Washington rotulou a Huawei como uma ameaça à segurança, uma acusação que a empresa nega. Algumas autoridades também vêem a ascensão da Huawei e de outros concorrentes chineses como uma potencial ameaça à liderança industrial dos EUA.